Seja um Viajante

Viajar para você significa comprar um pacote “pronto” montado por uma operadora turística, no qual seu itinerário já estará completamente pré-estabelecido, do primeiro ao último dia de sua viajem, incluindo os hotéis no qual irá dormir, os passeios que irá fazer e os restaurantes no qual irá comer? É passar metade do dia desfrutando do luxo e conforto da maravilhosa área de lazer do hotel e depois ir direto para um ônibus de excursão, juntamente com aquele guia super-empolgado que se considera seu melhor amigo, e tirar fotos através de uma janela? Se esse é o sinônimo de “viajar” para você, talvez esteja na hora de rever os seus conceitos, fugir do óbvio e encarar uma nova forma de desbravar o mundo – não como um mero turista, mas como um VIAJANTE!

Ser viajante é escolher seus próprios destinos, é percorrer de uma cidade a outra, mas nunca se distanciando da essência dos locais visitados. Não é apenas estar no destino, mas viver a experiência de se estar ali, entrar em contato com a realidade local como um meio de passar a ver o mundo sob outra perspectiva.

Quando você viaja sem estar preso a um itinerário, torna-se automaticamente mais flexível e aberto a desfrutar as conseqüências do inesperado. Talvez o fato de não reservar hospedagem com antecedência o coloque em algum momento diante de uma “roubada”, como chegar de madrugada a um destino e não encontrar acomodação disponível. Se você tiver a mentalidade de um turista em um momento como esses, entrará em pânico e pensará que sua viagem está definitivamente arruinada. Mas, se tiver alma de viajante, com certeza relaxará e deixará as coisas acontecerem. Talvez, já que não há uma cama quentinha te esperando, você deixe a bagagem no guarda-volumes da rodoviária e vá para uma casa noturna dançar até o sol raiar. Pode ser que lá você faça amizade com um morador local que te ofereça um quarto para alugar em sua casa e, no caminho, te leve para tomar café da manhã em um bar descolado que só os habitantes freqüentam.

Não estando preso a um itinerário, você consequentemente pede (e dá) mais dicas e sugestões aos moradores e a outros viajantes que encontra pelo caminho. Ao trocar idéias, acaba interagindo com pessoas das mais diversas nacionalidades, promovendo seu próprio país, criando amizades pelo mundo e tendo a oportunidade de entrar em contato com outras culturas além das existentes nos locais que estão sendo visitados.

Ser um viajante significa se deixar levar pelos imprevistos, tendo um roteiro completamente flexível, que pode sofrer alterações conforme o desenrolar da viagem e o sentido do vento. Talvez você saia de casa com destino à Patagônia e, no meio do caminho ouça rumores de uma nevasca que acabou de ocorrer, faça alguns amigos e siga viagem junto a eles rumo ao Deserto do Atacama. Por que não?

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Natália Viana

Dica Cultural

Reabertura do Cine Marabá

Para os amantes de programas culturais, deixo a dica de saborear uma pitada do charme do passado de São Paulo, que retornou à sua cena cultural este último sábado.

Localizado na mais famosa esquina paulistana – na Avenida Ipiranga, quase no encontro com a São João – o Cine Marabá, um dos mais importantes cinemas da cidade nas décadas de 40 e 50 reabriu suas portas, totalmente reformado, trazendo esperanças para a retomada da “Cinelândia Paulistana” – como era chamada a região central, que abrigava as luxuosas salas de cinema do passado.

Acredito que as expectativas da concretização da tão sonhada revitalização cultural do centro de São Paulo, ganhem forças através deste projeto, do arquiteto Ruy Otakhe, que foi capaz de unir com maestria o charme do passado à contemporaneidade.

Para maiores informações, assista: http://www.youtube.com/watch?v=Jzuenzph4vg

Natália Viana

Apresentação

Estudante de turismo, viajante de carteirinha e apaixonada por comunicação, decidi criar este blog como um espaço onde pudesse relatar minhas andanças mundo a fora, além de discorrer sobre o assunto “turismo” e suas vertentes. Compartilhar minhas experiências, dicas, opiniões e incentivar as pessoas a colocar o pé na estrada e manterem-se informadas sobre o fenômeno turístico, a “menina dos olhos” do mundo atual.

Mas, por que “Cartão Postal”?

Um pequeno retângulo de papelão fino, que tem uma de suas faces destinada ao endereço do destinatário, postagem do selo e mensagem do remetente. Poderia ser apenas uma mera simplificação da carta simples, que ao dispensar o uso de envelope, torna a correspondência mais fácil e mais barata. No entanto, há um detalhe que o faz ir muito além: em sua outra face, há uma imagem impressa. Desta forma, devido ao fascino que as imagens despertam nos seres humanos, os cartões postais acabaram consolidando-se como o principal meio de veiculação da imagem fotográfica entre os séculos XIX e XX. Como tal, o cartão postal mostrou-se uma importante ferramenta de comunicação na atividade turística, tornando-se inclusive objeto colecionável.

E – como vocês devem estar se perguntando – sim, sou uma assídua colecionadora de cartões postais! Desta forma, como eu poderia falar em turismo sem lembrar deles? Mesmo quem não possui o hábito de comprá-los como souvenires durante suas viagens, com certeza já saiu pelo mundo (ou gostaria de fazê-lo) motivado pela expectativa de ver de perto as paisagens e monumentos que se tornaram famosos cartões postais de conhecidos destinos. Isso acontece porque não só um local turístico é capaz de vender cartões postais, como o contrário também ocorre: um lindo cartão postal é capaz de despertar o interesse de milhares de pessoas em visitar um determinado local.

Sendo assim, espero que o meu “Cartão Postal” desperte o interesse de todos vocês em visitá-lo com freqüência. Convido-os a embarcar aqui comigo, ficando a vontade para opinar e deixar suas dicas.

Bora?

Natália Viana